A Pandemia trouxe uma dura realidade. Além das dificuldades econômicas e sociais, ela também trouxe a dor da perda para muitas famílias e a necessidade de lidar com o luto e enfrentar a vida sem a presença daquelas pessoas tão queridas que o vírus levou. 

O impacto do luto na infância

Até mesmo as crianças e adolescentes que não estão vivenciando o luto em suas famílias, estão passando pela experiência de ver e conviver com pessoas que estão lidando com as perdas e traumas desse momento.

Escutam na escola os amiguinhos comentarem sobre alguém que perderam ou que adoeceu, brincam com outras crianças nos parques que falam sobre o vírus e perdas, escutam os pais conversarem sobre um colega ou um amigo que se foi. 

Independente de estarem vivendo o luto, estão lidando e enfrentando o mesmo das mais diversas formas, assim como todos nós.

Mas a maneira da criança viver o luto é bem diferente do adulto, até mesmo porque em cada fase do desenvolvimento dela, o luto é vivido de formas diferentes.

As crianças menores ainda não compreendem a morte como algo definitivo. Não entendem que a pessoa que foi não irá voltar mais e apresentam dificuldades para conseguirem processar toda essa experiência, mas sentem a falta daqueles que se foram e sofrem desde pequeninas.

As mais velhas já conseguem começar a perceber um pouco melhor a perda, mas ainda apresentam dificuldades de compreender que a pessoa não voltará.

Somente quando elas crescem um pouco mais e começam a entrar na adolescência, é que tem condições de entenderem a morte como algo mais definitivo e de vivenciarem essa experiência com melhor compreensão do que de fato ela representa.

Mas o sofrimento existe em todas as faixas etárias e ele pode fazer com que a criança apresente alguns sintomas em decorrência da vivência dessa experiência.

Além da vivência do luto em si, que já é bastante sofrida, os adultos que estão próximos da criança, precisam estar alertas para perceberem se a criança pode estar apresentando alguns sintomas que vão além da tristeza pela perda.

A vivência do luto traz momentos de altos e baixos, momentos cíclicos que podem trazer tristeza e apatia, a não vontade de realizar atividades que até então, eram prazerosas e outras reações, como choro e irritação.

No entanto, a persistência desse estado de forma extrema ou associada com outros sintomas pode estar ligada à questões mais sérias que podem vir como consequência, como a depressão por exemplo.

Os sintomas que devem ser levados em consideração para esse alerta são: apatia extrema, isolamento, choro constante, comportamento mais agressivo que o normal, irritabilidade persistente e constante, problemas de aprendizagem, dificuldades sociais, entre outras que fujam do comportamento que até então era considerado normal para aquela criança ou adolescente. 

E como ajudar as crianças que estão vivendo o luto?

Algumas dicas que podem ajudar são:

Que saber mais? Entre em contato comigo no formulário de contato!

Por Renata Lela – CRP 06/68519

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